• Museu de Arte Lítica
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  • Recife - PE
  • Projeto: 2008
  • ‹‹Ser original é retornar às origens››   —Gaudi
    ‹‹…um primitivo do futuro››   —Leger
    ‹‹O Futuro tem um coração antigo››   —Carlo Levi
    ‹‹What will be has always been››   —Louis Kahn
    ‹‹The time has come the gather the old into the new››   —Aldo van Eyck.
    ‹‹All ages are contemporaneous››   —Ezra Pound.


    A concepção arquitetônica foi elaborada a partir de um imperativo extraordinário: o emprego exclusivo da Pedra como material. Esta condição estabelece um desafio construtivo que —como disse Schopenhauer— define um tema fundamental da Arquitetura: vencer a gravidade através do engenho estrutural.

    A Forma estrutural que constitui solução lógica para o problema arquitetônico em questão é o Arco —que materializa-se tridimensionalmente na Abóboda. O Plano, do edifício, é baseado no ‹Quadrado Perfeito de Duijvestijn›, definindo 21 Salas, todas de planta quadrada, todas diferentes em tamanho —a menor Sala mede 1.83 x 1.83m; a maior: 45.75 x 45.75m. Cada Sala coberta é abrigada por uma abóboda em arco pleno, do que resultam pés-direitos diferentes, cujas alturas máximas correspondem a ½ do respectivo vão horizontal.

    Nas Salas cobertas estarão expostos os artefatos líticos que constituem o acervo do Museu —Objetos de pequenas dimensões estarão protegidos no interior de tubos de vidro especial (de alta transparência e à prova de choques); peças de grandes dimensões, estarão assentadas diretamente no piso de pedra. A exceção é a menor de todas as salas —1,83 x 1,83m—, que será descoberta e conterá, exclusivamente, um modelo em bronze do edifício, na escala de 1/56.

    A estrutura concebida diferencia-se das soluções tradicionais na medida em que as Abóbodas apoiam-se diretamente no chão, constituído pela Plataforma maciça e elevada que é a base do edifício.
    Em curiosa coincidência, as 21 Salas do plano baseado no ‹Quadrado Perfeito de Duijvestijn› corresponderão às 21 Civilizações inventariadas por Toynbee na sua opus magnum ‹A Study of History› —os 21 troncos culturais dos quais se originam todas as realizações da Humanidade.