2 Casas Geminadas, projetadas para um pequeno lote à beira mar, com 12 m de largura por 36 m de profundidade.
A idéia: recriar contemporaneamente valores da arquitetura vernacular do nordeste do Brasil, uma arquitetura cuja qualidade não depende de sofisticação material mas da simplicidade de meios e concisão construtiva.
A rigorosa geometria de planos e volumes, as cores vibrantes, a solidez da alvenaria rebocada, foram incorporadas como qualidades arquitetônicas adequadas à luz intensa do céu do nordeste.
A presença do mar defronte, o caminho do sol e dos ventos predominantes que sopram do nascente, assim como o fato de que o acesso ao lote se dá pelo lado do poente —Tudo isto levou a fazer o edifício fechado e opaco nos lados norte e sul, transparente e permeável na direção leste-oeste:
Desde a calçada na entrada é possível avistar o mar através da própria construção. A complexa articulação da secção vertical —as duas Casas «encaixam-se»— possibilitou vista do mar para as Salas, Terraços e todos os 6 Quartos.
Assim —descartando nostalgias nativistas— foram superadas a bidimensionalidade plástica e a estanqueidade espacial da arquitetura vernacular, e assumidas a tridimensionalidade plástica e a fluidez espacial caracteristicas da arquitetura de nosso tempo.