• Edifício para SOFTEX
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  • Recife - PE
  • Projeto: 1998 | Conclusão: 2011
  • A concepção arquitetônica

    Os Significados realizados na obra arquitetônica são concretizados por três soluções principais:

    [I] A ocupação do vazio resultante da demolição da edificação que ocupava o lote, constituindo uma sutura arquitetônica que recupera a continuidade plástica pela sucessão contínua das fachadas que originalmente definiam o espaço da rua.

    [II] A manutenção da arquitetura industrial do edifício da Gráfica Brasil, que embora destoante dos  vizinhos imediatos constitui vestígio histórico de sua época.

    [III] A recriação da antiga Travessa que existiu no local desde o século XVIII, como uma vazadura transversal pelo  eixo de simetria do edifício da Gráfica que constituirá o coração espacial do novo conjunto arquitetônico.

    Cabe destacar que a existências de tais travessas não constitui acaso fortuito mas, pelo contrário, constitui traço característico do urbanismo recifense, particularmente no núcleo original de suas origens na Ilha do Recife do traçado urbano do Recife encurtando os percursos entre ruas paralelas formadas pelas características quadras longas de lotes profundos e estreitos.

    A recriação arquitetônica deste traço original da nossa espacialidade urbana como elemento significativo da edificação contemporânea, seus significados serão expressos também através do próprio espaço vazio, e não apenas da plástica visível.

    E portanto, os significados arquitetônicos numa realização contemporânea, inclusive aqueles à Memória, à História e ao Passado serão expressos também através espacialmente e não apenas através da plástica visível.

    A nova edificação no lote vazio é concebida plasticamente como um híbrido que evoca as duas principais expressões da arquitetura local: a da primeira arquitetura colonial característica dos séculos XVI, XVII e XVIII; e a da Arquitetura Eclética do século XIX e início do século XX.

    Nesta parte do edifício o conteúdo contemporâneo é concretizado de outros dois modos:

    No despojamento radical de modinatura e ornamentação;

    No cromatismo definido pelo contraste vibrante entre o Branco colonial e a Cor Eclética;