• Restauração do Pavilhão de Anatomia
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  • Recife - PE
  • Projeto: 2002 | Conclusão: 2005
  • A experiência de restauro do Pavilhão de Óbitos do Recife, somada aos trabalhos que até agora debruçaram-se sobre a experiência da Diretoria de Arquitetura e Urbanismo, liderada por Luís Nunes, permite lançar outras considerações sobre essa experiência e sobre a própria obra. Em particular a ênfase a dialética entre tradição/continuidade e modernismo/ruptura na experiência do DAU e no projeto do Pavilhão.

    As relações entre a arquitetura do Pavilhão e tradições da arquitetura de modo nenhum contradizem a matriz modernista dessa obra do grupo de Nunes; mas muito pelo contrário. Os “ecos históricos” na arquitetura do pavilhão reafirmam o vínculo entre essa obra e algumas das mais significativas realizações do Movimento Moderno na arquitetura.

    Pioneiros na construção da linguagem moderna que incorporaram deliberadamente na elaboração de suas obras princípios derivados da história da arquitetura, de tradições arquitetônicas pré-modernistas e sobretudo a tradição clássica.

    De fato, embora ainda seja comum o equívoco de considerar apenas os valores de ruptura e inovação que caracterizaram o Movimento Moderno na arquitetura, hoje está claro - demonstrado por autores como Christian Norberg-Schulz, Kenneth Frampton e Colin Rowe - que em muitas de suas mais significativas expressões a arquitetura modernista tomou a história da arquitetura como fundamento para a invenção arquitetônica e incorporou a tradição para renovar.